terça-feira, 27 de novembro de 2012

A determinação da sunamita

Semana passada estava meditando na história da sunamita. Queria ter postado alguma coisa sobre isso, mas realmente não tive tempo. O texto completo está em 2 Reis 4:8-37, mas quero transcrever somente os versículos abaixo:

2 Reis 4:21 E subiu ela e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou sobre ele a porta e saiu.
2 Reis 4:22 E chamou a seu marido e disse: manda-me já um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus e volte.
2 Reis 4:23 E disse ele: porque vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.

Fico realmente admirada com a determinação dessa mulher...

A bíblia diz que vez ou outra quando Elizeu passava por Suném, uma mulher rica que vivia na região sempre lhe oferecia alimento. Certa vez ela conversou com o marido para que fizessem um quarto e o mobilhassem para receber Elizeu, a qual ela chamava de homem de Deus, quando ele passasse por aquele lugar. E assim sucedeu: todas as vezes que o homem de Deus passava alí, se retirava para o quarto. Certo dia, pensando em recompensar a mulher pelo bem que lhe fizera, Elizeu perguntou o que ele poderia fazer a seu favor, a mulher porém nada lhe pediu, mas Geazi, servo de Elizeu lhe revelou que ela não tinha filho e que seu esposo já era velho. Então, Elizeu mandou chamar a mulher e lhe disse que a um tempo determinado ela abraçaria um filho. A mulhar sabendo que seu esposo já era elho e que não havia possibilidade de isso acontecer pediu que o homem de Deus não mentisse pra ela. Mas conforme ee falara, a o tempo que estabeleceu, a mulher deu a luz a um filho.

A vida em família transcorria normalmente quando um dia, ao encontrar seu pai, que estava a segar, sentiu uma forte dor de cabeça e foi mandado para casa, a ficar com sua mãe. A bíblia relata que o menino ficou sobre os joelhos da mãe, mas veio a falecer ao meio dia. Sem falar nada com ninguém, a mulher deitou seu filho sobre a cama do profeta Elizeu, no quarto que haviam contruido para recebe-lo, fechou a porta e pediu ao esposo que mandasse um dos moços que com ele trabalhava e uma jumenta para que ele fosse a encontrar com o homem de Deus.

Questionada pelo marido sobre o motivo que a levava a querer encontrar-se com profeta sem ter nenhum motivo especial, aparente a mulher simplismente respondeu: TUDO VAI BEM.

Vamos fazer uma pausa bem neste ponto da história. Vejam que as circunstâncias de sua vida não estavam nada bem. Seu único filho estava morto, mas ela decidiu não levar isso em consideração até falar com o homem de Deus. A sunamita ocultou o fato até para o seu esposo. Sabe por quê? Existem coisas que não devem ser compartilhadas com ninguém, a menos que esta pessoa tenha a mente de Deus para entender os seus propósitos. Talves se a mulher tivesse contado ao esposo que o filho estava morto, ele a tivesse impedido de ir até o profeta, já que via que não tinha mais jeito. A confiança da mulher seria abalada pelas palavras e atitudes do esposo e ela poderia fracassar no propósito de buscar em Deus a solução para o seu problema.

A mulher seguiu viagem, pedindo ao moço que não parasse em lugar algum sem que ela pedisse. Quando ela se aproximou da casa do profeta e este a viu no caminho, enviou Geazi para perguntar-lhe se estava tudo bem com ela, o esposo e o filho, porque Deus também havia ocultado o fato ao homem de Deus. Ao ser indagada por Geazi, conforme o que o profeta havia orientado, a mulher respondeu: VAI TUDO BEM. Ela não queria compartilhar o problema com qualquer pessoa, mas estava DETERMINADA a buscar sua resposta em alguém que certamente tinha visão de Deus. Fora ele que profetizou o nascimento do seu filho, sem que ela tivesse lhe pedido nada. Era dele que ela buscava uma resposta.

Ao encontrar o profeta a mulher disse: - Pedi eu ao meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes? Naquele momento acredito que Deus revelou a Elizeu o que estava acontecendo, pois ele imediatamente mandou Geazi ir até o menino e colocar o seu bordão sobre ele para que tornasse a viver, mas a mulher disse que não o deixaria. Ela estava determinada.

Geazi foi na frente e fez conforme o profeta ordenou, mas não havia sinal de vida no menino. Então, Elizeu entrou no quarto, fechou a porta e orou a Deus e deitou-se sobre o menino, boca sobre boca, olho sobre olho e mão sobre mão e o seu corpo aqueceu. E andou pela casa e tornou a fazer o que havia feito antes e o menino viveu. O homem de Deus pediu que Geazi chamasse a sunamita e a ela devolveu o filho vivo.

Ela não deixou Elizeu sem que não fosse abençoada. Ela tinha um objetivo e não deixou que nada, nem ninguém colocasse nela alguma dúvida. Preferiu ocultar o seu problema e contar somente ao homem de Deus, para que nada pudesse atrapalhar o milagre que ela esperava acontecer.

Porque muitas vezes não temos essa determinação? Porque costumamos de maneira impensada compartilhar nossos problemas com pessoas que em nada podem nos ajudar? Muito pelo contrário, até semeiam em nosso coração a dúvida, a ira e outras coisas que nos afastam do propósito de Deus para a nossa vida. Muitas vezes Deus não realiza o milagre que precisamos porque não temos sabedoria de aguardar em silêncio a salvação do Senhor.

Seja como a sunamita. Tenha determinação e busque as pessoas certas para compartilhar o seu problema. Certamente o Senhor usará homens e mulheres de Deus para servirem de canal de bênção para a sua vida.





Nenhum comentário:

Postar um comentário